05/11/2024
Em diversas situações, mudanças não são bem recebidas e podem gerar desconfortos. Nas grandes empresas, as pessoas veem as iniciativas de mudança como desnecessárias ou repentinas. Isso ocorre não somente pela resistência ao novo, mas também pela falta de planejamento, organização e comunicação adequada.
Um exemplo disso é uma pesquisa da Gartner, que revelou que a disposição dos funcionários em apoiar mudanças empresariais repentinas caiu para apenas 43% em 2022, em comparação com 74% em 2016.
Isso indica que as pessoas estão cada vez mais relutantes em apoiar novas ideias. E, na maioria das vezes, porque não se sentem parte do processo. Como resultado, elas não entendem plenamente a natureza da mudança e seus objetivos, o que dificulta o engajamento e a colaboração.
Para reverter esse cenário, é fundamental planejar e se organizar de forma eficaz. Além de seguir algumas dicas importantes que separamos para o artigo de hoje. Continue a leitura e confira!
O sociólogo italiano Domenico De Masi popularizou o conceito de ócio criativo. Ele se refere a um tipo de descanso ou tempo livre em que a pessoa não está apenas “não fazendo nada”, mas sim envolvida em atividades que estimulam a criatividade, a reflexão e a aprendizagem, para melhorar as habilidades e até mesmo gerar inovação.
Quando a mente está descansada, ela se torna mais criativa e se prepara melhor para as mudanças. Ao adotar essa abordagem, o colaborador consegue aumentar seu desempenho e entender suas limitações. Sendo assim, as empresas devem incorporar o ócio criativo ao fluxo de trabalho para evitar o esgotamento e aumentar o bem-estar.
Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela Gartner, o descanso disponível, acessível e apropriado contribui para um aumento de 26% no desempenho e uma redução de 10 vezes no número de colaboradores que sofrem de esgotamento profissional.
Envolver os colaboradores do início ao fim dos projetos, principalmente os mais impactados em seu planejamento, aumenta as chances de que as melhores ideias e contribuições sejam incluídas na tomada de decisões.
Além disso, pensar na comunicação como uma ferramenta para explorar as reações dos funcionários pode ser uma excelente maneira de promover diálogos regulares e honestos sobre a mudança. Isso permitirá que eles compartilhem perguntas e opiniões, impulsionando o entendimento e fazendo com que se sintam parte essencial do compromisso com a transformação.
O erro mais comum quando se trata de gerenciamento de mudanças é tentar criar um momento para a transformação pisando no acelerador. Muitas vezes ignorar a necessidade do planejamento cuidadoso, comunicação eficaz e envolvimento dos colaboradores, resulta em resistência e confusão. Ou seja, em vez de um avanço rápido, é mais eficaz um processo gradual e estruturado, que permita que todos se adaptem e se engajem de forma positiva.
Por fim, um fator importante para a implantação bem-sucedida de iniciativas de mudança é capacitar líderes bem treinados. Esses líderes têm a habilidade de ampliar a visão e mostrar os benefícios das mudanças, motivando suas equipes a adotá-las.
Com uma capacitação eficaz, eles também se tornam mais aptos a lidar com resistências e a facilitar a adaptação dos colaboradores, criando um ambiente de confiança e colaboração. Além disso, ao comunicar claramente as prioridades e incluir iniciativas de mudança nesse contexto, os líderes ajudam os funcionários a direcionar sua energia de forma segura e inovadora.
Referência: https://hbr.org/2023/05/employees-are-losing-patience-with-change-initiatives