24/05/2024
As organizações estão ampliando os critérios de sucesso, indo além de lucros e vendas. Ou seja, em resposta às crescentes preocupações de colaboradores, clientes, investidores e comunidades afetadas com as alterações climáticas, muitas empresas estão assumindo a responsabilidade por suas práticas ambientais, sociais e de governança, o ESG.
O ESG (Environmental, Social and Governance) indica as melhores práticas que as empresas precisam adotar para mostrar sua atenção e seu desempenho diante dos riscos relacionados à sustentabilidade.
O termo ESG surgiu pela primeira vez em um relatório de 2004 da ONU, chamado Who Cares Wins (Ganha Quem se Importa), que une três práticas que empresas devem ter para aplicar internamente, em sua gestão, ou externamente, para analisá-las. São elas:
Refere-se às iniciativas ambientais adotadas pela organização. E isso pode incluir: gestão de recursos naturais e de resíduos, impactos ambientais e emissão de gases de efeito estufa. Além disso, engloba investimentos em tecnologias verdes e promoção da biodiversidade.
Diz respeito ao modo como a empresa lida com a sua relação com os clientes, fornecedores, funcionários e a comunidade onde atua. De que maneira ela se organiza e quais os impactos positivos e negativos dessa forma de organização? E isso pode incluir: inclusão e diversidade, bem-estar dos funcionários, satisfação dos clientes, entre outros.
Refere-se às políticas de gestão e controle da empresa, pautadas na transparência, prestação de contas e responsabilidade. E isso pode incluir: realização de políticas éticas, estrutura de remuneração justa e a promoção de uma visão abrangente dos resultados gerados, levando em conta os impactos ambientais, sociais e a comunidade em que a instituição está inserida.
Todas essas práticas ESG evidenciam a necessidade de não somente evitar danos, mas de empreender esforços para recuperar os saldos negativos em um menor tempo possível. Isso com responsabilidade social, cidadania corporativa e desenvolvimento sustentável. Mas como aliar o lucro à geração de impactos positivos? Com inovação socioambiental!
A inovação socioambiental é uma prática que busca resolver desafios sociais e ambientais de maneira integrada. Pode se manifestar em diversos setores e de diferentes formas. Envolve a criação de novos produtos ou serviços, a reestruturação de antigos processos, a colaboração entre diferentes setores e stakeholders e a adaptação de modelos de negócios para causar impactos positivos na sociedade e no meio ambiente.
Um movimento que reúne empresas em busca de aliar o lucro à geração de impacto positivo é o Sistema B.
De acordo com o estudo realizado pela organização sem fins lucrativos Wylinka, “O Sistema B atua como um agente certificador de corporações (Empresas B), orientadas pelo propósito de criar benefícios para os stakeholders e não apenas para seus acionistas”. Além de ser uma forma de criar bons direcionadores para qualquer processo de ideação e implementação de projetos de inovação socioambiental.
Empresas B devem atender a uma série de critérios de avaliação, baseados em cinco pilares: Bom Para os Trabalhadores; Bom Para a Comunidade; Bom Para o Meio Ambiente; Bom no Longo Prazo e Bom Para Gerar Impacto.
Fora isso, também concordam com valores, como: mutualidade, cuidado, construção, paixão, inovação e diversidade. E é crucial que toda Empresa B tenha em sua declaração de missão o seu comprometimento com os problemas socioambientais.
A mudança de padrão de consumo é notável. As pessoas estão buscando produtos e serviços que impactam positivamente o meio ambiente e a sociedade. Ou seja, a incorporação do ESG dentro de uma organização traz diversos benefícios. Entre eles estão: redução do risco e a valorização econômica do seu negócio.
De acordo com a Vertown, no mercado financeiro, investidores vêm buscando cada vez mais por empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis, para poder inserir os seus recursos. Eles acreditam que empresas sustentáveis geram um retorno maior aos acionistas a longo prazo, por serem mais resistentes aos riscos relacionados ao meio ambiente, social e econômico. Veja outros benefícios!
Ambientes de trabalho que promovem a diversidade e a inclusão podem ter mais chance de atrair talentos de qualidade e melhorar a produtividade da equipe.
A adoção de práticas ESG pode estimular a inovação. Isso leva ao desenvolvimento de novos produtos e serviços que atendam às demandas de um mercado cada vez mais consciente.
A atenção à sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e a governança sólida ajuda a construir uma base empresarial capaz de se adaptar cada vez mais a novos desafios.
Em resumo, a falta de compromisso ambiental tem sido vista por muitos investidores como um risco à sustentabilidade financeira mundial. E corporações que já se despertaram para essa temática e hoje aplicam as práticas ESG no dia a dia, demonstram a preocupação e o compromisso em aliar sua performance financeira ao seu impacto socioambiental positivo.
Sendo assim, entendemos que o ESG é fundamental, pois incentiva empresas a integrarem as métricas de sustentabilidade em seu modelo de negócio. Não é mais uma questão de escolha e sim uma obrigação para garantir a manutenção e a sobrevivência no cenário atual.
Fale conosco para saber mais sobre o ESG e as capacitações e metodologias oferecidas pela WaM para o seu negócio, como: Introdução ao ESG, Aplicação da Teoria da Mudança, Inovação Socioambiental no Mercado de Meios de Pagamento, entre outras. E por fim, visite nosso blog para conferir mais artigos como este!