31/08/2023
Quando você lê por aí artigos falando de IoT (Internet das Coisas), Indústria 4.0 ou Inteligência artificial, inevitavelmente se depara com o termo Modelo de Negócio logo ao lado. Bem, novas tecnologias abrem novos mercados, novas formas de entregar valor, e por isso, costumam estar relacionadas.
Isso é fácil de entender, o que não é tão fácil assim é recriar o seu modelo de negócio. Requer muita organização e esforço. Mas para começar temos que responder uma pergunta. O que é modelo de negócio?
É verdade que existem muitos frameworks e definições (Teece, Chesbrough, Baden-Fuller & Morgan, Magretta, Zott &Amit, etc.) e a maioria traz uma versão muito acadêmica. No entanto, o modelo que traremos aqui é o St. Gallen Business Model Navigator, baseado em modelos práticos que podem sustentar mais facilmente a execução. Ele possui quatro dimensões. Confira quais são elas:
Para entender seu modelo de negócio, você precisa entender o cliente. Por isso, o cliente aparece no centro do modelo de negócios. Suas necessidades e dores são o motor do negócio.
Aqui, descrevemos a proposta de valor, o que realmente você oferece ao cliente e como resolver seus problemas.
Para entregar uma proposta de valor, você precisa executar uma série de processos e atividades usando seus recursos para entregar resultado.
Por último, o custo de estrutura e as receitas vão te ajudar a determinar por que (e se) esse é um modelo viável.
Responder essas perguntas vai te ajudar a ter uma direção concreta de como estruturar um modelo de negócio. Quando começamos a mudar as dimensões de um projeto já estabelecido é que falamos de inovação em modelo de negócio. Por exemplo, se você mudar o “O QUE” é uma inovação de produto, enquanto se você mudar o “COMO” será uma inovação no processo.
Antes de qualquer coisa também é importante entender porque trabalhar com modelos de negócio ajuda as empresas a inovarem. Para isso, nós precisamos dar um passo para trás e olhar todo o cenário.
O que nos torna humanos é linguagem. A linguagem nos permite compartilhar experiências, histórias e conhecimento com outras pessoas. Se tornando assim a fundação em que a sociedade que conhecemos funciona.
Falando, conseguimos expressar ideias e criar entendimentos comuns que antes não existiam. Essas estruturas só funcionam quando nos comunicamos: leis, religiões, ciência, dinheiro e assim por diante. Mas, todas as coisas construídas pela linguagem só funcionam enquanto as pessoas acreditarem e aderirem a elas.
Yuval Harari chama esse fenômeno de imaginação coletiva e mostra que é isso que permite que milhões de indivíduos consigam cooperar. São muitos os exemplos: católicos indo numa cruzada juntos apesar de não se conhecerem, soldados arriscando as vidas uns pelos outros por acreditarem no ideal de nação e assim por diante.
Ainda assim Harari diz “[…] nenhuma dessas coisas existe, foram histórias que contamos uns para os outros. Não existem deuses, nações dinheiro ou justiça, exceto na nossa imaginação coletiva”.
Podemos dizer que o modelo de negócio funciona também nessa base. Ele é um conceito sobre como as empresas funcionam. Falando e trabalhando sobre esse conceito conseguimos ver a lógica do funcionamento mais claramente.
Fundadores precisam de uma linguagem simples para traduzir seus negócios para investidores. Um dos aspectos mais importantes quando trabalhamos modelos de negócios é a libertação do pensamento saindo do convencional.
Trabalhar modelos de negócio nos ajudam a ter uma visão 360° da companhia com todas as suas peças vitais, problemas e o mais importante, permite o processo de criação de ideias.
Quer saber mais? Conheça o seu modelo de negócios e descubra como defini-lo respondendo algumas perguntas essenciais, clicando aqui!