15/04/2024
Se buscássemos resumir o conceito de Design Thinking em uma única frase, poderíamos defini-lo como uma “maneira diferente de ver o mundo”. O termo foi citado pela primeira vez em 1969, no livro The Science of the Artificial, escrito por Hebert Simon. Contudo, foi o professor de Stanford, Rolf Faste, que definiu e o popularizou como uma grande forma de ação criativa.
Atualmente, o Design Thinking tem sido bastante integrado às metodologias ágeis e tem feito bastante sucesso nas empresas pela sua simplicidade, baixo investimento e praticidade para lidar com as incertezas ao desenvolver produtos e serviços.
No geral, o Design Thinking é uma forma de resolver os problemas por meio da criatividade. Literalmente significa “pensamento do design” ou “pensar como designer”. Na prática, isso quer dizer aplicar técnicas de design para desenvolver soluções para problemas reais com o objetivo de gerar inovação.
Nas palavras de Tim Brown, presidente da IDEO, o “Design Thinking é uma forma de abordar a inovação tendo o ser humano no centro do estudo”. E completa: “Essa abordagem reúne o que é desejável do ponto de vista humano com o que é tecnológico e economicamente viável. Ainda permite que pessoas não treinadas como designers usem ferramentas criativas para enfrentar uma vasta gama de desafios”.
O Design Thinking se baseia em três valores: empatia, colaboração e experimentação. Saiba mais sobre eles!
Trata-se de conexão. É a capacidade de enxergar uma experiência diferente pelos olhos de outra pessoa, construir relações mais saudáveis, resolver conflitos e promover a compreensão mútua. Envolve presença, além de escuta.
Não é somente o trabalho em equipe. Colaborar é trabalhar para gerar mais valor enquanto compartilha o mesmo espaço e envolve a vontade de mudar, a união em torno de propósitos comuns e a diversidade de perfis e pontos de vista.
É colocar as ideias em prática, testá-las e aprender com elas. Significa permitir que as ideias floresçam enquanto muitas outras falham e, assim, aprender e evoluir com as ideias que se transformam e amadurecem constantemente.
Existem quatro mudanças de pensamento que o Design Thinking introduz e que são quebras significativas em relação à maneira em que nós estamos habituados a pensar em inovação e desenvolvimento de soluções. São elas:
Diferentemente de abordagens tradicionais que são bastante voltadas ao produto, software ou suas features, o Design Thinking coloca o ser humano no centro de todas as suas decisões em cada etapa do processo.
Questione-se a todo momento sobre o que você entende como “verdade” ou “certeza”, pois, às vezes, podem ser apenas vieses de pensamento. Pergunte-se no mínimo “porque pensei assim?”. E, tão importante quanto, reflita se as suas próprias indagações fazem sentido.
Como observou David Kelley, um dos fundadores da IDEO, “A grande questão sobre o Design Thinking é que ele permite que as pessoas construam sobre as ideias de outras pessoas, ao invés de haver apenas um único fluxo de ideias”. Além disso, com as constantes trocas (em vez de divagar puramente sobre ideias), o DT propõe materializar essas ideias em protótipos.
Iterar é repetir o processo com a intenção de se aproximar de um objetivo, meta ou resultado desejado. O Design Thinking propõe que a iteração esteja presente em todas as etapas do processo para que, a partir dos feedbacks dos usuários ou clientes, seja possível melhorar, adaptar, aperfeiçoar e chegar mais próximo de uma solução que entregue valor a persona.
Além de valores e mudanças de pensamento, existem três instrumentos que são diferenciais significativos na jornada de inovação de DT: equipes multidisciplinares, ambiente adaptável e abordagem. Confira!
Resumidamente, a integração de pessoas vindas de diferentes formações e especialidades é fundamental. Times compostos por pessoas com diferentes visões, formações e histórias abrem campo de interpretações, ampliam possibilidades e impulsionam a criatividade.
Um ambiente adaptável contribui para a geração de novas ideias e novas rotinas. Ou seja, possuir novas ideias requer a mudança para ambientes que proporcionem fluidez e adaptabilidade, partes importantes da jornada do Design Thinking.
A jornada do Design Thinking passa por momentos de 1) Divergência, em que é importante estimular a curiosidade, a flexibilidade e a imaginação por meio da soma de perspectivas, ideias e alternativas divergentes. 2) Convergência, com um conjunto de possibilidades em mãos, a convergência presume velocidade, precisão e foco para encontrar a melhor solução, prototipá-la e testá-la; 3) Repetição, falhar rápido para aprender rápido e alcançar o sucesso mais rápido.
A jornada do Design Thinking é trilhada em seis etapas, a partir de um desafio, cujo objetivo é desenvolver a inovação com foco nas necessidades das pessoas. As etapas seguintes são:
A ideia aqui é mergulhar em um tema ou desafio que nem sempre é de seu domínio. Sendo assim, o objetivo desta etapa é levantar o máximo de informações possível sobre o tema que pode ser relacionado a diversas áreas e objetivos, desde aumentar as vendas até melhorar a comunicação interna da empresa.
Nesta etapa, a ideia é entender as reais necessidades das pessoas. Entrevistá-las, observar os cenários e participar da experiência para sentir na pele o que elas fazem. A empatia é um valor fundamental para o entendimento profundo das necessidades individuais.
É a etapa mais desafiadora da jornada de Design Thinking. A ideia aqui é reunir todas as informações coletadas sobre o problema e sobre as pessoas em uma sentença afirmativa que lhe permita articular a persona, sua dor e um insight relevante. Em seguida, é essencial transformar a afirmação em uma pergunta que inicie com “como podemos…?”, que, por sua vez, norteará as demais etapas.
Com o PoV em mente, esse é o momento de encorajar as ideias. É fundamental olhar para as possibilidades, por mais diferentes que pareçam, de compartilhar e de juntar as ideias, formando algo cada vez maior. A quantidade é prioridade, pois com mais ideias em jogo é muito provável que as ideias de qualidade também “nasçam”. Após esse momento de estímulo ao pensamento divergente, ao final desta etapa é necessário convergir, analisar e selecionar as ideias que seguirão para a próxima etapa.
Com a ideia selecionada, o propósito é desenvolver um protótipo simples, rápido e barato que, ainda que imperfeito, entregue valor à persona. Aqui, o ideal é mostrar a capacidade e o potencial do que está sendo criado, mesmo antes da solução final existir. Lembre-se: feito é melhor que perfeito!
O lema aqui é falhar rápido para aprender rápido. A ideia de desenvolver rapidamente um protótipo que entregue valor ao cliente é justamente permitir que ele use, tente resolver problemas, interaja com a solução criada e, com isso, dê feedbacks para que a solução possa ser aprimorada. Falhar rápido possibilita ter sucesso mais cedo. Ao falhar rápido, você pode voltar para a etapa de observação ou de ideação. Ou, talvez, repensar o PoV ou adaptar o protótipo.
Atualmente, existem diversas ferramentas práticas que podem ser utilizadas na metodologia do Design Thinking e que são verdadeiras aliadas na busca pela inovação e criatividade coletiva. Neste artigo, citaremos apenas quatro, mas na WaM, lhe apresentamos várias, com o intuito de encontrar sempre a melhor para o seu negócio. Confira e entre em contato conosco para saber mais sobre o Design Thinking e todas as demais ferramentas que ele pode oferecer!
Gostou de saber mais sobre o Design Thinking e tudo o que ele engloba para a evolução das empresas? Então continue nos acompanhando para juntos guiarmos você para o impossível!