18/02/2025
Grandes empresas podem enfrentar um desafio comum: como executar projetos inovadores com uma equipe de inovação reduzida? Pensando nisso, reunimos sete pontos que podem ajudar a transformar grandes ideias em resultados concretos, mesmo com recursos limitados. Confira!
Em primeiro lugar, é essencial definir, no máximo, dois objetivos claros para cada período — seja trimestral, semestral ou anual. Isso garante foco e alinhamento da equipe. Um livro que aborda esse tema e pode ajudar na definição estratégica de objetivos é ‘As Quatro Disciplinas da Execução’, de Jim Huling e Chris McChesney.
Para estabelecer esses objetivos, os gestores precisam ter clareza sobre o papel da inovação dentro da organização. Pergunte-se: a área atua como suporte operacional às áreas de negócio, focando em melhorias, ou possui um papel mais estratégico, buscando novas formas de expandir o negócio?
Compreender essa diferença é fundamental para responder à questão central. Quando a área de inovação passa a criar um ambiente onde as ferramentas estão disponíveis e as pessoas conseguem utilizá-las de forma autônoma, ela expande o que já existe e também abre caminho para novas soluções. Isso também gera uma compreensão mais ampla do contexto atual da organização.
Além disso, por se tratar de uma área que costuma trabalhar com recursos mais limitados, é preciso ter diretrizes bem definidas. Caso contrário, o risco de desperdício durante o processo aumenta significativamente, especialmente em um cenário de inovação, onde há muitas incertezas.
Por isso, ao definir os objetivos e criar mecanismos para acompanhar o progresso real, é possível gerar maior sinergia entre os recursos disponíveis e potencializar impactos positivos para a empresa no futuro.
O mapeamento interno consiste em identificar os recursos já existentes dentro da empresa. Às vezes, você pode estar buscando uma solução para determinada área sem saber que, dois anos atrás, outra área já contratou uma startup que resolve exatamente o mesmo problema. Em grandes empresas, onde há muitos colaboradores, centralizar e documentar todo o histórico de projetos pode ser algo complexo.
Já no mapeamento externo, há um ecossistema cada vez mais interessado em colaborar com as instituições, incluindo universidades, startups, negócios sociais e outras grandes empresas. Observar esses agentes, entender como eles podem se conectar e buscar sinergias para otimizar recursos disponíveis é crucial.
Além disso, é preciso realizar um trabalho de costura com diversas áreas e pessoas dentro da organização. Muitos gestores relatam que essa é uma etapa essencial para atrair a atenção dos líderes certos no momento certo.
Quanto mais líderes estiverem acompanhando e valorizando o trabalho da área, maior será a probabilidade de conquistar apoio e recursos. Por isso, criar conexões e fortalecer internamente a sua relevância é indispensável.
Se a área de inovação for nova, atrair um pequeno número de líderes que atue como “padrinhos” pode ajudar a controlar as expectativas e a construir uma base sólida antes de expandir o escopo de atuação.
Ter um maior controle sobre as expectativas que você cria pode ser vantajoso, permitindo um trabalho com mais discrição antes do lançamento de um projeto, por exemplo. Isso ajuda a equipe a se posicionar estrategicamente como uma área que entrega valor para a organização.
Com esse “apadrinhamento”, o gestor pode avaliar qual é o momento ideal para divulgar informações, reter determinados dados e até aproveitar o fato de a área ainda não ser tão conhecida para testar projetos que gerem resultados rápidos e visíveis.
Ou seja, quando as expectativas estão bem gerenciadas, o anonimato inicial pode ser uma vantagem ao estruturar iniciativas e atrair recursos ao longo do tempo.
Em grandes empresas, muitos colaboradores de diferentes áreas têm paixão por inovação ou sentem entusiasmo pelo tema. Identificá-los pode ser uma ótima estratégia, pois eles tendem a interagir e contribuir com iniciativas inovadoras.
Conhecidos como early adopters, esses profissionais podem ser de grande ajuda, especialmente quando os recursos da área de inovação são limitados. Além disso, essa abordagem pode gerar um impacto significativo para a organização a longo prazo, pois permite que pessoas de outras áreas tenham a oportunidade de inovar e fazer a diferença, simplesmente por interesse e identificação com o tema.
As quick wins, ou vitórias rápidas, podem ser grandes aliadas no processo de inovação. Elas permitem identificar pequenas conquistas ao longo do caminho, garantindo avanços perceptíveis e motivando a equipe.
Grandes resultados levam tempo, mas pequenas iniciativas podem gerar impactos imediatos e tangíveis. Um exemplo disso é a implementação de uma tecnologia simples e acessível de uma startup que otimize o tempo da equipe e traga benefícios claros desde o início.
Sendo assim, se a área consegue dividir as entregas em pequenas vitórias rápidas, isso pode fortalecê-la internamente, aumentar a segurança da equipe e, consequentemente, atrair mais recursos e atenção para o seu desenvolvimento.
Um dos grandes desafios em projetos de inovação, mesmo quando os resultados são promissores e o piloto faz sentido para a organização, é a definição de quem será responsável por assumir o projeto dali em diante.
Vários projetos acabam sendo abandonados porque nenhuma área se identifica com a iniciativa a ponto de adotá-la, além da falta de um processo claro ou de uma determinação formal para essa transição.
Esse processo, conhecido como rollout, é uma etapa essencial na execução de projetos, mas que não costuma ser tão bem estruturado, o que dificulta a consolidação e a comunicação dos resultados.
Por isso, se as áreas com potencial de receber pilotos validados estiverem sempre comunicadas e informadas dos avanços, as chances de um rollout aumentam consideravelmente. Mostrar resultados para os interessados desde o início garante feedbacks em todo o piloto e permite o ajuste da rota quando necessário.
Existem diversas ferramentas que podem facilitar esse processo, tornando a área de inovação mais estruturada e colaborativa. Uma delas é a metodologia de Hipóteses Críticas, que auxilia na comunicação com os stakeholders e cria um processo colaborativo de validação contínua. Isso permite que eles também contribuam com suas próprias visões, e que todos estejam alinhados sobre os critérios de sucesso.
Além disso, a utilização da metodologia facilita a apresentação dos resultados, pois permite que a equipe de inovação se concentre nos pontos mais importantes do projeto e demonstre como eles foram superados. Isso também ajuda a garantir que os resultados sejam apresentados para as pessoas certas, e que ele tenha mais vida útil dentro da corporação.
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