A temática inovação se tornou muito recorrente nas discussões rotineiras, devido a sua importância e constância na vida moderna. Quando uma empresa tem novas ideias e as implementam, de forma que gere resultados, ela está inovando.
À partir de agora tenha em mente: a inovação é construída de formas diferentes e pode ser aplicada em qualquer negócio. Sendo assim pode-se classificar em três graus de inovação que são denominados como Incremental, Radical e Disruptiva.
Através da inovação incremental há atualizações e melhoramentos de produtos ou serviços para uma estratégia a curto prazo. Já a inovação radical transforma relações e o mercado, além de criar novas linhas de produtos ou serviços. E por fim, a inovação disruptiva que rompe com tudo isso.
Mas afinal, o que é Inovação Disruptiva?
O conceito foi desenvolvido pelo professor Clayton Christensen nos anos 90. Entende-se como disruptivas aquelas inovações que tornam os produtos e serviços mais acessíveis, tornando-os disponíveis para uma população maior .
Conforme artigo publicado na HBR a disrupção é iniciada em dois tipos de mercados que as grandes empresas ignoram. O primeiro trata-se dos consumidores menos lucrativos, o outro trata-se de transformar não consumidores em novos consumidores.
As inovações disruptivas são originárias de pontos de venda low-end ou de novos mercados.
Clayton M. Christensen , Michael E. Raynor e Rory McDonald
Ainda é necessário lembrar que por vezes é uma empresa menor, com menos recursos que desafia negócios estabelecidos.
As empresas já estabelecidas se concentram em melhorar seus produtos e serviços para seus clientes mais exigentes (e geralmente mais rentáveis). Os disruptivos começam com o objetivo de atingir com sucesso os segmentos negligenciados e geralmente com um preço mais baixo. Após essa etapa, passam para o mercado de alto nível, oferecendo o desempenho exigido pelos clientes mais exigentes, preservando as vantagens que impulsionaram seu sucesso inicial. Quando os principais clientes começam a adotar as ofertas dos participantes em volume, ocorre o rompimento.
Já a criação de novos mercados pode ser explicada pela Teoria do Oceano Azul. Criada por W. Chan Win parte do princípio que para a criação de negócios inovadores o requisito básico é busca por mercados ainda não explorados. E até mesmo criá-los de modo a tornar a concorrência irrelevante. Tem como base uma Matriz de inovação sustentada por:
- Eliminar complexidade do produto/serviço;
- Adaptar as características do produto/serviço;
- Elevar a percepção de valor do produto/serviço;
- Criar experiências de consumo inéditas.
Para simplificar o Intituto Christensen apontou as três características base que fazem sua inovação ser disruptiva:

Exemplos práticos de inovação disruptiva
A inovação disruptiva está em diversos serviços e produtos ao qual utilizamos atualmente. Já parou para pensar como os Smartfones tornaram outras tecnologias obsoletas?
O AirBnb tornou o ramo de hospedagem mais acessível. A empresa trouxe uma plataforma que conecta através da tecnologia viajantes a quartos mais baratos do que os oferecidos por hotéis convencionais.
Outro caso de sucesso é o Spotify que revolucionou o mercado fonográfico. Através de uma plataforma tecnológica e com um novo modelo modelo de negócios , tornou os CDs objetos obsoletos. Fez com que produtoras e artistas se reinventarem

Netflix – Inovação disruptiva
Um excelente exemplo é a Netflix. Como pontua Christian Hopp , o negócio inicial de aluguel de filmes por encomenda não era atraente para muitos dos clientes da Blockbuster. Somente com o surgimento da tecnologia, incluindo eventualmente a capacidade de transmitir pela Internet, a Netflix conseguiu expandir seus negócios.
A acessibilidade através da tecnologia e o baixo custo da assinatura mensal, fez com que a Netflix subisse no mercado. E com seu modelo de negócios completamente diferente acabou se tornando atraente para os principais clientes da Blockbuster.
Este caso mostra que pode levar tempo a disrupção e seus resultados. A Netflix foi fundada em 1997; A Blockbuster foi à falência em 2010.
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