Podemos dizer que a pandemia de coronavírus (Covid-19 ou SARS-CoV-2) se enquadra no lugar do impossível.
Nosso trabalho em tempos em como esse é entender e agir para criar a realidade que queremos. Nesse momento temos que pensar no coletivo e entender que quando ajudamos o mundo, ajudamos a nós mesmos também.
Tendo em vista isso, aqui vamos trazer alguns dos principais insights econômicos e mostrar como você pode se juntar a outras instituições para contribuir.
O que pode acontecer daqui em diante
De acordo com o time da Harvard Business Review (HBR), a instabilidade econômica em decorrência do coronavírus começou quando o contágio chegou na Europa e no Oriente Médio.
Foi a partir desse momento que o mercado entrou em alerta e apontou os riscos a curto e longo prazo.
Há sinais de recessão? Qual o tamanho de uma recessão causada pelo vírus? Quais os cenários para crescimento? Quais os cenários para recuperação? Há impacto estrutural na economia?
Os pesquisados do HBR não têm respostas para essas perguntas. Nós também não.
Afinal, vivemos a situação em tempo real. O que podemos fazer é avaliar os cenários e levantar hipóteses. A longo prazo, vamos identificando o que de fato aconteceu ou não. Também observamos quais medidas podem e devem ser tomadas.
3 impactos na economia
Estudo feito pela Deloitte US mostrou que o Covid-19 pode afetar a economia de três maneiras.
Impacto direto na produção.
O que isso significa? Impacto na capacidade produtiva de diferentes indústrias, principalmente as de manufatura. Por quê? Algumas das principais medidas adotadas pelos governos estão seguindo o distanciamento social. Ou seja: isolar as pessoas para que a transmissão do vírus diminua. Isso quer dizer que há menor produção, e portanto menor exportação de produtos, e portanto menor importação de produtos também. Os serviços também são abalados, porque a população tem a interação restrita. Ou seja: o crescimento vai ficar pequeno.
Disrupção no mercado e cadeia produtiva.
O que isso significa? Menos produção, menos negócios e menos lucro. Por quê? Como explicamos acima, a restrição social à população diminui a capacidade de produção das indústrias. Com menos gente trabalhando, menor é a quantidade de produtos disponíveis. A grande maioria das empresas do setor produtivo, por exemplo, depende de bens intermediários provenientes da China. Além disso, a região chinesa é substancial no lucro das empresas, pois tem uma alta capacidade consumidora. No final, o negócio sofre impacto porque tem menos gente para trabalhar e menos gente para consumir. Sem contar o setor de viagens, que sofrerá com as restrições áreas dos países por um tempo…
Impacto financeiro nas empresas e no mercado financeiro.
O que isso significa? Incerteza na economia. Por quê? Traders de mercado não têm certeza sobre as empresas que estão vulneráveis, o que gera risco. A quebra no padrão de produção e insumos desestabiliza algumas empresas também.
Além desses pontos, a Deloitte idealizou quatro possíveis cenários para a economia, levantando hipóteses de progressão da doença.
Spoiler alert: a primeira já foi para o brejo… você pode ler aqui.
3 cenários de choque econômico
A HBR, Harvard Business Review, fez uma previsão de três possíveis cenários de choque econômico. Eles variam entre provável, plausível e improvável.
A análise é sobre o PIB (em inglês GDP) em dois setores: crescimento e nível.
A partir de uma análise histórica dos últimos choques econômicos, e levando em conta insights do mercado financeiro, a HBR fez algumas recomendações.
- Não depender de projeções.
- Não permitir que seu julgamento sofra interferência externa.
- Foque nos sinais de confiança do consumidor, confie nos seus instintos e saiba utilizar insights de dados.
- Planeje e esteja preparado para os piores cenários.
- Olhe para além da crise.
- Considere como você se irá se comportar no mundo pós-crise.
O Brasil
A última análise feita pelo Ministério da Economia, na quarta-feira 11/03, estimou que o impacto econômico do Covid-19 pode variar em pontos percentuais no PIB (Produto Interno Bruno) do país.
No pior dos cenários, a queda seria de -0.66 pontos percentuais. No mais otimista, apenas -0.10 pontos percentuais.
Ainda é cedo para fazer previsões, mas os principais canais a serem afetados são:
- exportação;
- commodities;
- cadeira produtiva de alguns setores;
- queda no preço de ativos;
- redução no fluxo de pessoas e mercadorias.
E o órgão alerta: os efeitos do coronavírus são transitórios. Por quê? Como não se sabe a duração da epidemia, os resultados podem ser revertidos após contenção da doença.
Como você pode se engajar contra o COVID-19
Novos problemas vão surgir. Desde como lidar com o trabalho remoto, transformar eventos presenciais em remotos, movimentar o estoque de lojas com entrega on-line e até como ajudar terceirizados e colaboradores que vão perder vendas e podem contrair a doença.
Nesse momento, todo ecossistema de inovação está se aliando para promover soluções.
Para minimizar os impactos econômicos
O IFood terá fundo de 1 milhão de reais para entregadores com coronavírus em parceria com ONGs para minimizar os impactos econômicos. A ONG Ação e Cidadania já está com campanhas abertas de colaboração com empresas para distribuição de cestas básicas como forma de auxílio econômico a aqueles que vão sentir os maiores impactos de renda.
Para soluções de logística
A logstore é uma startup brasileira que consegue transformar sua loja em um centro de distribuição para e-commerce. Eles catalogam os produtos, controlam inventário, a localização deles na loja e montam a logística até o cliente. A solução já funciona em supermercados e grandes centros de material de construção.
Para tornar o presencial on-line
Eventos, workshops, treinamentos e aulas. Qualquer reunião com mais de 10 pessoas precisa ser adiada, cancelada ou convertida para o on-line. Para isso, a Netshow.me é uma startup com uma plataforma de streaming que pode te ajudar. Uma das líderes no Brasil eles são capazes de controlar acesso, monetizar e transmitir suas experiências e eventos on-line.
Mas não para por aí. A abstartups e a Go.new lançaram juntas uma campanha de startups contra o COVID-19. A proposta é mapear iniciativas de prevenção, diagnóstico, contenção, tratamento e divulgação que possa ajudar na luta contra o Corona Virus.
A WaM não está parada! Atendendo a todas as recomendações nossa equipe está de home office e reuniões e treinamentos estão sendo viabilizados on-line. Mais que isso estamos fazendo a nossa parte buscando startups que possam ajudar a superar esses novos desafios e promovendo conexões.
Essa luta é de todos, mais que nunca o coletivo e a colaboração é o que vai nos ajudar a inovar e superar.